segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Francisco Silva

 Ontem acordei com a notícia de que meu avô Chico havia falecido. Na verdade, já esperavamos, mas isso não impediu minha tristeza. Corri aos braços de quem amo e chorei. A viagem para Natal, julguei ser a mais longa de todas.
Contrariando "A Menina que Roubava Livros", a morte não tem cor... Somente o vácuo. Um vazio que implode o coração cheio de saudade.
Ver alguém (antes tão alegre) imóvel, sem expressão, é como ingolir mil agulhas.
Meu Vô Chico teve um enterro, merecidamente, muito bonito.
Apesar de seus muitos defeitos que irritaram muita gente, Vô Chico deixou muitos ensinamentos, foi um GRANDE homem. Tinhoso que só ele, mas por demais, honroso. Me alegro de saber que ele sabia o quanto todos nós o amavamos.

De todos os momentos marcantes de ontem, espero não esquecer de um:
Ao pôr-do sol, um soldado prestou sua última continencia a quem lhe daria sua própria vida. Foi tão lindo que quis fazer igual, mas não me atrevi. Era um momento único da maior homenagem que vi um filho fazer ao pai.

A dor, a saudade, nunca irão embora, é mentira. Com o tempo elas vão se ajustar à rotina. É necessário. Mas partida de um ente tão amado sempre nos deixa um presente: Um livro, uma história a ser lembrada para sempre em nossos corações.
(com muito amor, Danie Pip S.)
~♥~