Nas condições atuais, bem que o título poderia se referir à minha conta né? Mas não, foi o melhor título que consegui pro que temos a seguir... vocês entenderão!
Faz umas duas semanas que escrevi algo para publicar aqui no blog e esqueço de fazê-lo. Não pensem que é por grandes ocupações cotidianas mais do que minha própria leseira ;) Bom, o fato é que cá estamos novamente para alegria geral dos dois ou três que curtem o blog. Essa postagem tem um efeito meio retroativo, que na verdade não sei ao certo quando escrevi mas... é isso aí. Leiam, ou não. (Tô brincando, leiam sim que eu fico feliz :D)
Bloqueio de escritor de novo?
Sério?
Na verdade acho que meu
computador está com alguns bloqueios também. Recentemente ele tem me dado o
prazer de aumentar meu nível de paciência com objetos eletrônicos. Mas
certamente não estou aqui pra falar de tais objetos.
Quem acompanha meu blog sabe que
meus picos de inspirações podem ser preocupantes, pois são fortes indícios de
eu estar muito bem ou muito mal. Raramente escrevo coisas interessantes quando
estou num estado mental consideravelmente normal.
Hoje por exemplo tive um ótimo
dia... mas às vezes sinto que o portal da melancolia se abre e me atinge de
forma inesperada. É quando percebo que alguns tipos bem específicos de tristeza
não devem ser forçadamente deixados de lado. Penso até que deve ser cultivado,
embora possa ser delicadamente perigoso.
Não, definitivamente eu não sou
depressiva, mas inegavelmente a melancolia é forte aliada a um determinado tipo
de literatura, música, entre outras coisas que sob muitas ressalvas eu poderia
chamar de “cultura”.
O amor, segundo Oswaldo
Montenegro, só é bem grande se for triste. E podemos ver isso na prática quando
assistimos a um filme ou novela em que o casal sempre tem que passar por um
momento infeliz (entenda-se tragédias, muitas delas inexplicáveis na vida prática)
para que depois daquele momento em que todos pensam “Poxa, vai atrás dele (a)”
espera-se um “Poxa, aceita ele (a)!”. Nessas horas todos temos princípios,
compaixão e etc... Ahh, como é bom articular uma vida que não seja a sua. Os
jogadores de The Sims que o digam ;D
Mudando completamente de assunto,
recentemente fui a São José dos Campos, SP. E esta é, sem dúvida uma cidade do
meu profundo agrado. O aconchego do interior com o desenvolvimento típico de
São Paulo. Uma cultura interessante. Até o frio é aconchegante, pelo menos na
época em que estou por lá, pois sei que no inverno provavelmente eu não teria a
mesma opinião.
Ao lado do memorial do ITA
(Instituto Tecnológico Aeronáutico) uma cena me encanta. É para mim como se
fosse um quadro vivo. Não sei se já tenho bagagem de escrita suficiente para
descrever um lugar como esse, mas vou tentar pelo menos o esboço que faço
mentalmente.
“Havia um gramado verde-esmeralda
sob um terreno irregular. Algumas folhas secas se deitavam abaixo de árvores
frondosas e outras se deixavam levar pelo vento que por ali passeava. Um banco
de madeira se posicionava à frente do lago azul e as nuvens se comportavam de
forma aleatória como se dançassem com seus próprios passos. Tão brancas quanto
poderiam ser.
Um ano se passou desde a última
vez em que ela esteve lá. 365 dias se passou e o banco permaneceu intacto, imóvel.
Mas ela já não era a mesma. A paisagem era a mesma, mas não a sua visão.
Dessa vez a moça sentou embaixo
da árvore e por alguns minutos fitou o banco como se ele pudesse ouvir seus
pensamentos. Ela poderia sentir o ciúme que ele sentia das raízes que a
aconchegavam. O Sr. Assento (nome óbvio mas muito propício para um banco)
parecia triste. Como se esperasse alguém que não apareceu. Ele foi feito para
um grande encontro... Para a confirmação de um sentimento mútuo das pessoas
mais improváveis. Mas não havia ninguém. Não houve um encontro marcado, nem
casual. Não houve troca de olhares, tão pouco mãos se encontraram suavemente. A
única coisa que se uniu naquele momento foi a vontade da moça estar com alguém
e a frustração desse alguém não existir.”
Bem, esta é minha descrição sob o lugar em que estive e um pouco do que senti por estar lá.
Uma das melhores coisas que a vida pode proporcionar é a imprevisibilidade. Você começa um texto passando determinado sentimento. E durante um intervalo para organizar ideias surge um filme, lanche, e um papo fim-de-noite entre vizinhos com direito a crise de riso :}
A vida é uma grande surpresa. Por isso devemos estar sempre prontos.
(Danie Pip S.)
~* ~
E para quem realmente ainda não entendeu que eu era a moça em questão, eis a foto que tirei e que tentei descrever. Agora comparem (E comentem, garanto que seus dedos não cairão!) minha descrição com a foto e vejam se consegui passar um pouco de emoção kkkk.
~* ~
Gente, como hoje é domingo, já estou morrendo de sono, um calor DA-NA-DO, não teremos aquele "blablablá" que geralmente coloco aqui, ok? Eu sei que vocês adoram mas... juro juradinho, como a menina Agnes (Meu malvado favorito) que amanhã teremos uma outra postagem com tudo que temos direito inclusive uma perguntinha que farei para quem acompanha o blog ;)
No mais, boa semana a todos!