domingo, 24 de novembro de 2013

Banco vazio

Nas condições atuais, bem que o título poderia se referir à minha conta né? Mas não, foi o melhor título que consegui pro que temos a seguir... vocês entenderão!

Faz umas duas semanas que escrevi algo para publicar aqui no blog e esqueço de fazê-lo. Não pensem que é por grandes ocupações cotidianas mais do que minha própria leseira ;) Bom, o fato é que cá estamos novamente para alegria geral dos dois ou três que curtem o blog. Essa postagem tem um efeito meio retroativo, que na verdade não sei ao certo quando escrevi mas... é isso aí. Leiam, ou não. (Tô brincando, leiam sim que eu fico feliz :D)


Bloqueio de escritor de novo? Sério?
Na verdade acho que meu computador está com alguns bloqueios também. Recentemente ele tem me dado o prazer de aumentar meu nível de paciência com objetos eletrônicos. Mas certamente não estou aqui pra falar de tais objetos.
Quem acompanha meu blog sabe que meus picos de inspirações podem ser preocupantes, pois são fortes indícios de eu estar muito bem ou muito mal. Raramente escrevo coisas interessantes quando estou num estado mental consideravelmente normal.
Hoje por exemplo tive um ótimo dia... mas às vezes sinto que o portal da melancolia se abre e me atinge de forma inesperada. É quando percebo que alguns tipos bem específicos de tristeza não devem ser forçadamente deixados de lado. Penso até que deve ser cultivado, embora possa ser delicadamente perigoso.
Não, definitivamente eu não sou depressiva, mas inegavelmente a melancolia é forte aliada a um determinado tipo de literatura, música, entre outras coisas que sob muitas ressalvas eu poderia chamar de “cultura”.
O amor, segundo Oswaldo Montenegro, só é bem grande se for triste. E podemos ver isso na prática quando assistimos a um filme ou novela em que o casal sempre tem que passar por um momento infeliz (entenda-se tragédias, muitas delas inexplicáveis na vida prática) para que depois daquele momento em que todos pensam “Poxa, vai atrás dele (a)” espera-se um “Poxa, aceita ele (a)!”. Nessas horas todos temos princípios, compaixão e etc... Ahh, como é bom articular uma vida que não seja a sua. Os jogadores de The Sims que o digam ;D
Mudando completamente de assunto, recentemente fui a São José dos Campos, SP. E esta é, sem dúvida uma cidade do meu profundo agrado. O aconchego do interior com o desenvolvimento típico de São Paulo. Uma cultura interessante. Até o frio é aconchegante, pelo menos na época em que estou por lá, pois sei que no inverno provavelmente eu não teria a mesma opinião.
Ao lado do memorial do ITA (Instituto Tecnológico Aeronáutico) uma cena me encanta. É para mim como se fosse um quadro vivo. Não sei se já tenho bagagem de escrita suficiente para descrever um lugar como esse, mas vou tentar pelo menos o esboço que faço mentalmente.

“Havia um gramado verde-esmeralda sob um terreno irregular. Algumas folhas secas se deitavam abaixo de árvores frondosas e outras se deixavam levar pelo vento que por ali passeava. Um banco de madeira se posicionava à frente do lago azul e as nuvens se comportavam de forma aleatória como se dançassem com seus próprios passos. Tão brancas quanto poderiam ser.
Um ano se passou desde a última vez em que ela esteve lá. 365 dias se passou e o banco permaneceu intacto, imóvel. Mas ela já não era a mesma. A paisagem era a mesma, mas não a sua visão.
Dessa vez a moça sentou embaixo da árvore e por alguns minutos fitou o banco como se ele pudesse ouvir seus pensamentos. Ela poderia sentir o ciúme que ele sentia das raízes que a aconchegavam. O Sr. Assento (nome óbvio mas muito propício para um banco) parecia triste. Como se esperasse alguém que não apareceu. Ele foi feito para um grande encontro... Para a confirmação de um sentimento mútuo das pessoas mais improváveis. Mas não havia ninguém. Não houve um encontro marcado, nem casual. Não houve troca de olhares, tão pouco mãos se encontraram suavemente. A única coisa que se uniu naquele momento foi a vontade da moça estar com alguém e a frustração desse alguém não existir.”
Bem, esta é minha descrição sob o lugar em que estive e um pouco do que senti por estar lá.

Uma das melhores coisas que a vida pode proporcionar é a imprevisibilidade. Você começa um texto passando determinado sentimento. E durante um intervalo para organizar ideias surge um filme, lanche, e um papo fim-de-noite entre vizinhos com direito a crise de riso :}
A vida é uma grande surpresa. Por isso devemos estar sempre prontos.

(Danie Pip S.)
~* ~

E para quem realmente ainda não entendeu que eu era a moça em questão, eis a foto que tirei e que tentei descrever. Agora comparem (E comentem, garanto que seus dedos não cairão!) minha descrição com a foto e vejam se consegui passar um pouco de emoção kkkk.



~* ~


Gente, como hoje é domingo, já estou morrendo de sono, um calor DA-NA-DO, não teremos aquele "blablablá" que geralmente coloco aqui, ok? Eu sei que vocês adoram mas... juro juradinho, como a menina Agnes (Meu malvado favorito) que amanhã teremos uma outra postagem com tudo que temos direito inclusive uma perguntinha que farei para quem acompanha o blog ;)
No mais, boa semana a todos!

6 comentários:

  1. Rá! Eu imaginei o mesmo cenário da foto, quando eu vi a foto eu fiz essa cara :O
    igualzinho! muito bom Dra Pip S. :D

    Cheiro!

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    1. Que bom que consegui transmitir o que estava na minha mente.
      Obrigada, Paulooo ;*

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  2. Muito bom o texto. Palavras bem colocadas com uma rica descrição dos detalhes.
    show de bola danie... abraços.

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  3. Sério mesmo você esqueceu de comentar sobre o lago. Acho que o banco foi um foco mais agradável do um simples lago. Sua descrição foi linda, sério mesmo, eu imaginei um lugar extraordinário em minha mente e que nem se compara com o original, tirando o lago que eu não imaginei por não haver ele na descrição kkkk, porém eu já acrescentei ele agora. Você deveria ver como ficou a minha projeção! rs O que eu tbm quero compartilhar com você é essa tal de viagem cosmológica que você vez e que isso também faz parte da vida daqueles que foram feitos e aprenderam a valorizar as coisas das vidas, não que eu seja um ótimo exemplo pra isso , no entanto as vezes passos por intensas conversas internas e desejos profundos e isso geralmente está associado à alguém q nem conheço, ou talvez na dúvida de se conheço por que não consigo vê! Pois é, mais se encontrar consigo mesmo também vale e acumula pontos pra felicidade! ;)

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    1. Poxa, realmente não sei porquê não mencionei o lago... talvez pela cisma com o banco.
      Sobre eu ver sua projeção... ouvi falar que você desenha bem ;)

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