A neblina pós-chuva trás muitos sentimentos à tona. Fico a me lembrar de coisas tão longínquas, porém deveras significativas. O coração se torna o triangulo das bermudas com nossas lembranças.
Imagino se pudéssemos escolher o que seria apagado da memória. Pelo impulso, acredito que muitos quereriam apagar todos os momentos ruins e deixar somente os bons. Mas será que a gente consegue aprender lições da vida só com boas memórias? Penso que não. Todos querem repetir o que foi bom. Uma das fortes armas para nem sempre fazermos isso é que muitos bons momentos custam caro. E como tudo que tem valor, nem sempre vale à pena. Infelizmente acontece de para que se tenha um bom momento passe-se por cima de alguns outros valores mais importantes.
Seria, então, a solução para tal problema, a não perda de memória? Isto é, não esquecermos mais de nada. Poderia ser interessante. As secretarias seriam mais eficientes a seus chefes. Mas, precisariam mesmo de secretária? As famosas perguntas que começam com “Como era mesmo o...” não seriam mais ouvidas. O princípio do perdão seria perigosamente fissurado. As mágoas se tornariam mais presente. O estopim para uma nova guerra. Isso me lembra até o conflito dramático do filme Equilibriun, onde se percebe que o motivo da guerra é a emoção, então criam substância que inibe a emoção. Acontece que alguns preferem morrer a não sentir, então daí surge uma guerra. Um tanto quanto paradoxal.
Em todo caso, seria uma responsabilidade inimaginavelmente grande. Tenho medo de apagar algo errado no computador, imagine numa vida inteira.
Acho que a aleatoriedade do cérebro, ou seja lá que outro padrão ele use para deixar, ou não, uma memória gravada é ainda muito mais seguro mesmo que nem sempre achemos justo. É melhor não termos esse poder.
(Danie Pip S.)
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Excepcionalmente hoje, não estou muito afim de colocar todos os outros blablablás rotineiros do blog. Estou mais preocupada com uma prova que terei quinta-feira X_X. Boa sorte pra mim...
Boa semana para todos, de férias ou não...
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